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domingo, 10 de julho de 2011

Para quem não conhece a nossa HISTÒRIA ai vai novamente....

abraços

LENA BORGES E FAM

SC

________________________-

MEUS FILHOS SÃO

ESPECIAIS E OS SEUS?

 

 

 

     Este será o título do

livro que ainda escreverei, pois a vida muito tem me ensinado e mostrado que

todos os filhos são especiais para seus pais.

     Me tornei mãe em

1995, aos 23 anos de idade de um menino chamado LORENZZO, hoje com 14 anos e

cursando o 1º ano do Ensino Médio. 

     No ano de 2005

resolvemos que já estava  na hora do

Lorenzzo ter um irmão ou irmã. E assim engravidei em novembro de 2005. No dia

11 de agosto de 2006 chega ao mundo o nosso tão esperado FÁBIO. Muito esperado

mesmo, pois o Lorenzzo já estava com 11 anos de idade. Na sexta feira, 11 de

agosto fomos para o Hospital Regional de Araranguá, cedinho, pois a cesárea

estava marcada. Lá estávamos nós :Eu, o papai ansioso Alessandro, o mano Lorenzzo,

a vó paterna Ivone e a incansável Tia Marli (minha irmã amada que muito

representa para mim, pois esteve presente nos melhores e piores momentos de

minha vida). Bem fui para a preparação da cesárea, sempre acompanhada de minha

irmã Marli. E o Fábio nasceu, lindo, cabelos arrepiados, boca rosada ....que

saudade do nosso pequeno.....nasceu com 3.220kg, 50 cm, as 7:10 da manhã.

     Desde o momento que

ele nasceu minha irmã percebeu que havia algo errado com ele, algo diferente.

Chamou a pediatra e falou para ela o que ela, minha irmã estava percebendo.

Refizeram aqueles testes que são feitos na sala de parto, e ficou concluído que

estava tudo bem, até teve apgar 9 e que a preocupação de minha irmã não

procedia.

     Quando fomos para o

quarto , embora minha irmã não tenha falado nada, também percebi que ele era

diferente, minha mãe também notou....mas ninguém comentava com ninguém. No

sábado falei com a pediatra que eu suspeitava que ele tinha Síndrome de Down,

ela descartou a suspeita e falou que minha irmã também havia falado a mesma

coisa.

     Recebemos alta no

domingo, dia dos pais, o Alessandro todo feliz. No quinto dia após seu

nascimento achei-o meio estranho, dormia muito, não havia feito xixi ou coco,

então minha sobrinha Franciesca (que muito estimo, sou madrinha do seu filho e

ela é madrinha do nosso Lucas, e a tenho como irmã ou até filha) chegou em

nossa casa, deu um banho no Fábio e nada dele reagir. Chamamos minha irmã Marli

que deu outro banho, e falou que ele iria ser levado ao Hospital. Meu esposo e

minha irmã então foram com Fabio para o Hospital. Só no segundo dia no

Hospital, e por insistência de minha irmã fomos a Criciúma fazer um ultrassom

do coração do Fábio. Para nossa surpresa ele tinha um grave problema no

coração, HIPOPLASIA DO LADO ESQUERDO, ou seja, o coração dele não

desenvolveu-se, mas até o momento não tínhamos diagnostico nenhum, de SD. No

caminho mesmo minha irmã já agilizou a SAMU pois o Fábio deveria e foi removido

para o Hospital Infantil Joana de Gusmão em Florianópolis. Chegando lá a

primeira coisa que falaram para o meu marido era que ele era portado da SD. 

     Então foi assim que

soubemos que nosso pequeno anjo era portador de SD e que passaria por uma

grande cirurgia em seu pequeno coraçãozinho, cirurgia esta que era muito

delicada e difícil. Quando o Fabio estava com 14 dias foi realizada a cirurgia

e infelizmente sem sucesso. O Fábio veio a falecer na UTI do H.I.J.de Gusmão no

dia 25 de agosto de 2006, as 21h. Uma nota importante que até então a questão

da síndrome não nos preocupava, pois o que queríamos era que ele saísse bem na

cirurgia e o resto a gente o estimularia e o levaria a ter uma vida perfeita.

Mas o Fábio não veio para ficar conosco.

     Quanta dor sentimos,

ver nosso sonho de desmanchando em minutos. Mas não podíamos desistir da vida.

E fizemos acompanhamento com a geneticista que nos explicou tudo sobre SD e que

nós deveríamos ter outro filho logo, já que eu já estava quase com 35 anos.

Assim engravidei em maio de 2007.

 

“...chegar onde não se sabe. O que se

procura virá no que se encontrar. O tempo é apenas um acaso,” Kelen Fernandes,

Alguém como você.Editora Scor,2006.

 

     Em agosto de 2007 fiz

o exame de translucencia nucal que deu alterado....passamos por 2 dias de luto,

porque não queríamos ter outro filho com deficiência, o medo da perda do Fábio

ainda era grande em nós, pois fizemos o exame no dia 09 de agosto, 02 dias

antes do dia 11, dia que o Fábio completaria 01 ano de idade. Assim apo´s 02

dias de extremo luto resolvemos que íamos aceitar nosso filho como ele fosse,

mas nosso maior medo era ainda  que fosse

outro tipo de síndrome ou que tivesse problemas cardíacos. A gravidez foi se

desenvolvendo e todos os ultrassons, dos mais modernos, davam que estava tudo

ok que nosso bebê não tinha problema nenhum. No penúltimo ultrassom, o médico

ao fazer o ultrassom percebeu algo diferente, distancia orbitária, prega nucal

alterada. Ele mesmo ligou para nosso obstetra e falou que ficou preocupado com

o exame. Assim nosso obstetra achou melhor que fossemos a Florianópolis fazer

novos exames. E assim no dia 31 de maio de 2008, lá estávamos nós: eu, Lucas

(na barriga), papai Alessandro e tia Marli. Chegamos a Florianópolis e  já procuramos uma obstetra de gravidez de

risco que após a consulta nos encaminhou para o melhor centro de ultrasson neo

fetal. O médico fez o ultrasson e disse que estava tudo perfeito. Mas mesmo

assim resolvemos já marcar a cesárea lá, visto que não sabíamos mais se

deveríamos confiar nos ultrasson. A obstetra então marcou a cesárea para o dia

15 de fevereiro de 2008, sexta feira na Maternidade Carmela Dutra.

     Outra vez no dia 15,

lá estávamos nós: eu, Lucas (na barriga), Papai Alessandro e tia Marli. O

Lucas, manezinho da Ilha nasceu as 9:20mincom 49 cm e 3.180kg. Ao retira-lo da

barriga a obstetra falou para o assistente (acho que pensou que eu não ouviria) síndromico.

Apesar d eouvir que ele teria uma síndrome não me desesperei ao

contrário logo pensei que seria SD, e quando a obstetra me mostrou ele eu

falei:- seja bem vindo LUZ DE DEUS. Pois

Lucas significa luz de Deus.

     Quando as pediatras

me trouxeram ele, nem deixei elas falarem que ele tinha a SD já comecei a

perguntar se ele tinha características nas mãos, nos olhos etc....afinal eu já

tinha lido muito sobre SD.

     Em nenhum momento choramos pelo Lucas ter

nascido com SD,mas como as características dele não eram muito eminentes, no

fundo do nosso coração tínhamos a esperança que o exame (que demorou uns 30

dias o resultado) daria negativo. E é claro que passou pela minha cabeça por

que comigo, como repetiu, etc....

     Uma das pediatras me

disse: -repetir a SD é como tirar uma

loteria. Ao que respondi:-não,ele é

um presente de DEUS.

     E assim nossa vida mudou bastante, pois desde os 3 meses ele

começou a fazer fisioterapia, fono .Buscamos estimulá-lo da melhor forma

possível. Agora ele entrou na escolinha. Através de livros, da Internet sabemos

que através da estimulação e do amor é que teremos sucesso. Vimos muitos

adultos com SD na faculdade e sabemos que o Lucas faz e fará tudo o que as

outras pessoas fazem, talvez com um pouco mais de lentidão. Confesso que muitas

vezes tenho medo do futuro. Mas também sabemos que não existe missão sem

importância. E segundo Kelen Fernandes, autora do livro ALGUEM COMO VOCE “ Todo

vento sempre traz algo novo e tudo precisa ser aproveitado.” “ É necessário ter

paciência e muita perseverança porque nem tudo floresce na primavera.”

 

 

LENA BORGES ALVES LEITE

Mãe do Lorenzzo, 14 anos

Do Fábio, sd, que faleceu com 14 dias em 2006

Do Lucas,sd, 1 ano e 4 meses.

 

 

 

 

As crianças

que chegam com deficiência confundem o pensamento dos pais, que se chocam e

perguntam a Deus por que aconteceu com eles. Mas, na verdade, elas são a glória

de Deus. A glória de Deus é colocada naquela criança, para que contagie a

todos. Esta criança dá a sua família a glória de Deus. Então, cada um que

contribuiu, recebeu esta glória também”.

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